História do Quiché
História da Quiche e harmonização com vinho
Uma Quiche, na verdade, é uma torta aberta, com recheio tradicional a base de creme de leite e ovos, sendo, originalmente, recheada com bacon. Atualmente é possível encontrar diversos recheios, como: alho poró, espinafre, legumes, rúcula, cogumelos, salmão, acrescentado sempre um queijo, seja ele parmesão, Gruyére, camembert, roquefort ou brie, pode ser simples ou composto, mas sempre é delicado.
A palavra “quiche” é oriunda da língua alemã, “Küchen”, e significa torta. A quiche é um prato originário da Alsácia Lorena, que, por diversas vezes foi comandada pelos Alemães, e foi palco de diversas brigas por território entre Franceses e Alemães, atualmente faz parte do nordeste da França, e que faz fronteira com a Alemanha.
Quando a Quiche foi criada, a região que hoje é a Alsácia Lorena, era uma província alemã, e se chamava “Lothringen”, que em português significa “Lorena” e em Francês “Lorraine”. Depois de muitas batalhas, entre elas a primeira e a segunda guerra mundial, a França retomou a Alsácia Lorena em 1945, e os franceses batizaram a quiche de “Quiche Lorraine”.
A sua origem é bastante conturbada e com fortes influencias da disputa territorial pela Alsácia Lorena. O certo é que a quiche é de origem alemã, mas é um prato típico, tradicional e de excelência francesa. Ou seja, apesar das brigas e guerras, essa dualidade e dupla cidadania fizem com a quiche se tornasse esse maravilhoso prato.
A massa usada para fazer uma quiche é a conhecida patê brisée, que tem como base manteiga e farinha, e que fica quebradiça quando pronta. A quiche é um tipo de torta, mas difere das outras pelo fato de ser aberta e não tampada, e seu recheio que envolve creme de leite, ovos, noz moscada e bacon. Adicionando cebolas obtém-se a quiche Alsaciana.
A quiche hoje é conhecida e apreciada por todo o mundo por ser um prato tão saboroso e interessante de servir em qualquer ocasião, podendo ser servida em um almoço, jantar, café da tarde ou até como entrada de uma refeição, variando os recheios de acordo com a criatividade de cada um.
A popularização da quiche começou após a segunda guerra mundial, primeiro ganhando apreciadores na Inglaterra, depois na década de 50 nos Estados Unidos, e a partir de então, ganhando fama mundial.
É um prato versátil e que comporta diversas ocasiões, desde festas infantis a jantares executivos, pode ser servida quente ou fria e acompanha diversas bebidas.
Pensando na harmonização desse prato com um bom vinho, o ideal é não pensar só nos ingredientes que levam a quiche, mas sim, sua delicadeza e suavidade, além de se valer de um pouco da história para achar um vinho que de equilíbrio bom paladar a combinação. Dessa forma, um vinho adequado seria o vinho Branco: as uvas sendo aquelas que mais representam a região da Alsácia – as uvas Riesling e Gewürztraminer.
Sendo assim, uma quiche, também, harmoniza bem com vinhos do tipo Chardonnay, podendo ser os franceses como os do Novo Mundo, destaque especial para os bons californianos, chilenos, australianos e brasileiros.
Uma opção boa, de um vinho de mesa, com tíquete médio baixo é o australiano Stamp of Austrália, barato, e que combina as uvas Riesling e Gewürztraminer, com aroma de frutas brancas, boa acidez e ambos, tanto o vinho como a quiche, respeitaram seus espaços preservando suas características.
Como nota final, a combinação de vinho tinto com quiche não é muito adequada, visto que os tintos irão “atropelar” os sabores delicados da quiche, se sobressaindo e escondendo os paladares dos ingredientes escolhidos. Mas, como sempre escrevo, o que vale é o gosto pessoal e qualquer combinação é certa, desde que agrade a todos.
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